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Paneiro do Mangal: Mutirão revitaliza horta escolar na escola Brasiliano Felício da Silva

Voluntários do IFPA campus Bragança ajudaram a recompor leiras onde são plantadas hortaliças para a merenda escolar dos mais de 400 alunos da principal escola do Tamatateua

  • Publicado: Segunda, 29 de Novembro de 2021, 14h01
  • Última atualização em Terça, 30 de Novembro de 2021, 12h02
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Salsa, cebolinha, couve, maxixe e até morangos. A horta da escola Brasiliano Felício da Silva, a maior escola pública do Tamatateua, zona rural de Bragança, deve ganhar novas cores - e novos cheiros - nas próximas semanas. 

Se depender dos alunos do 6º ano, e do empenho de professores, gestores e pais, a horta da escola, que estava desativada desde o começo da pandemia, voltará a abastecer a cozinha onde é preparada a merenda escolar dos 420 alunos que estudam ali.

A horta existe há mais de 10 anos e é o orgulho da comunidade. Foi criada no contexto do projeto Mais Educação, mas acabou deixando de produzir ao esbarrar na falta de recursos para a compra de insumos e para a manutenção. A chegada da pandemia de covid-19, e a suspensão das atividades presenciais, acelerou este processo. Quando voltaram a ocupar as salas de aula da escola, os alunos encontraram a terra seca. 

Na última quarta-feira (24), por iniciativa do grupo de mulheres do Tamatateua - as mesmas que levam à frente o projeto Paneiro do Mangal - a horta da escola foi revitalizada. 

  

O mutirão para recompor as leiras da horta escolar da Brasiliano Felício envolveu a turma do Paneiro do Mangal, voluntários, professores e alunos do IFPA campus Bragança, da UFPA e do projeto Mangues da Amazônia. Com enxadas, pás e muita disposição, a terra seca deu lugar a leiras adubadas, prontas para o plantio, e com um sistema próprio de irrigação, prontas para manter o cultivo. 

Aluno do 6º ano, Daniel Pereira de Sousa, 14, botou a mão na terra para ajudar a reabilitar a horta da escola. “O meu pai trabalha na pesca, mas aqui todo mundo faz roça, todo mundo mexe com terra”, diz Daniel. Flávia da Silva, 12 anos, também ajudou. “A gente aprende que também tem que cuidar. É importante saber disso, que não pode pisar, jogar lixo, que tem que molhar sempre. E que depende de nós”, diz Flávia. O empenho dos dois prova que as sementes plantadas no mutirão não ficaram só debaixo da terra. 

“Uma escola que não tem uma relação com a terra se afasta daquilo que são os princípios de uma educação do campo, de uma escola do campo e para o campo”, diz a professora Elziane Ambrósia, do 5º ano. A relação com a terra faz da escola um espaço de reflexão para as atividades do dia a dia das famílias que vivem no campo, explica a professora. 

Edite Souza, uma das mulheres do grupo que faz o Paneiro do Mangal, explica que a ligação do projeto com a escola é permanente. “Eu estudei aqui e ajudei a plantar essa horta dez anos atrás. Todos nós temos filhos ou netos que estudam aqui. É nosso dever também contribuir”, diz Edite. 

 

Daniele de Souza, estudante do curso de Agroecologia do IFPA, também é mãe de aluno e assumiu um papel de protagonista no mutirão da horta. Ela passará a ser voluntária na manutenção do espaço, oferecendo auxílio técnico para o cultivo das hortaliças. “A horta é muito importante pra comunidade. A minha filha estuda aqui e a gente fica feliz de poder ajudar”, diz Daniele. 

O mutirão na escola do Tamatateua também marcou o encerramento das atividades presenciais em 2021 do projeto Paneiro do Mangal. “Depois de montar essa horta a gente vai abrir uma roda de conversa com as mulheres pra bater um papo sobre o projeto e sobre o futuro dele”, explica o professor Josinaldo Reis, o Tio Bill do IFPA. 

O Paneiro do Mangal é mantido pelo coletivo de mulheres da comunidade do Tamatateua e apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão do Instituto Federal do Pará (IFPA), sob coordenação do professor Josinaldo Reis. A iniciativa conta com uma rede colaborativa de instituições compostas pela RARE Brasil, Instituto Nova Amazônia (INÃ), Instituto Federal do Pará campus Bragança, o grupo de Estudos Socioambientais Costeiros (ESAC) e o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão Pesqueira de Comunidades Amazônicas (Labpexca) da Universidade Federal do Pará (UFPA campus Bragança).

Quer se tornar um parceiro do Paneiro do Mangal ou receber os paneiros em casa? Siga o projeto nas redes: instagram.com/paneirodomangal

Mais sobre o projeto

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