Evento on-line celebra o Dia dos Bivalves da Água Doce da América do Sul. Veja como participar.

As conchas, popularmente chamadas de mexilhões de rio, no universo científico são conhecidas como bivalves de água doce, um grupo de moluscos fundamentais nos ambientes aquáticos continentais.

O que são bivalves de água doce?
São organismos de grande importância ecológica, devido aos inúmeros benefícios que proporcionam ao ambiente em que estão inseridos. Por serem organismos filtradores, diminuem a turbidez da água, ajudando a manter as águas limpas. Também possuem importante função na cadeia trófica, pois são fonte de alimentos para peixes, aves e mamíferos.

Apesar de sua importância,  nas últimas décadas, os bivalves de água doce vêm sofrendo um declínio de suas populações, por causa de alterações no ambiente, como a poluição, a construção de represas e organismos invasores. Pesquisadores de todas as nacionalidades estudam e desenvolvem diferentes estratégias com o objetivo de promover a conservação de bivalves de água doce.

Na América do Sul, um grupo de pesquisadores do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Colômbia uniu esforços e conhecimentos para criar a  BIVAAS – Bivalves da Água Doce da América do Sul, uma associação que tem como objetivo a conservação desses organismos. A BIVAAS também tem o compromisso com a formação de novos profissionais e a divulgação científica, sendo uma entre as iniciativas, a criação do Dia dos Bivalves da Água Doce da América, a ser comemorado em 30 de março. Neste dia, diferentes ações serão realizadas simultaneamente, como encontros, palestras, atividades de extensão em parques e praças por pesquisadores e instituições da área, além de ampla divulgação na mídia e redes sociais.  

Comemoração e homenagem

O Dia dos Bivalves da Água Doce da América do Sul é comemorado no dia 30 de março em homenagem à professora Dra. Maria Cristina Dreher Mansur. Isso porque a prof. Mansur foi pioneira na preocupação e difusão do estado de conservação dos bivalves da América do Sul. Desde 1964, a professora Mansur  vem atuando ativamente nos estudos de bivalves de água doce, sendo responsável pela formação da maioria dos pesquisadores neste grupo de organismos. Mansur é formada em história natural e foi orientada pelo saudoso professor José Wilibaldo Thomé, com o qual iniciou o tombamento de lotes de moluscos no Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica (hoje lamentavelmente extinta). Sua atuação e persistência em demonstrar estratégias e diretrizes para a conservação de bivalves límnicos, é um estímulo e exemplo a todos seus colegas a seguirem em frente na defesa dos bivalves de água doce. 

Então, todo dia 30 de março nós pesquisadores de bivalves de água doce colocamos as conchas nas ruas, nas redes, nas telas. Como comemoração realizamos palestras em escolas para as crianças, aulas especiais sobre os bivalves em universidades, divulgamos textos em jornais locais, revistas e redes sociais e nos reunimos para discussões de projetos. E ainda, não deixamos de lado mergulhos descontraídos em rios e lagoas. Assim, mantemos viva a necessidade da luta pela conservação dos bivalves de água doce.

Live vai discutir sobre a genética de bivalves



O professor Guilherme da Cruz Santos Neto, coordenador do curso de Biologia do IFPA campus Bragança e membro do BIVAAS, participa de uma live pelo Instagram do grupo (@biva.as) no dia 6 de abril para discutir sobre a genética de bivalves. O oceanógrafo Augusto Ferreira também participa do bate-papo ao vivo, mediado pelo biólogo Rogério Santos (UFMT). A transmissão pode ser acompanhada a partir das 19 horas em instagram.com/biva.as.

_{Texto de divulgação e imagens do projeto Bivalves da Água Doce da América do Sul}

Programação

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