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Farinha de Bragança recebe selo de indicação geográfica. Entenda o que isso significa.

Reconhecimento pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial valoriza produtores locais e fomenta o turismo; processo para registro contou com a participação do IFPA e foi tema de projeto de pesquisa no instituto

  • Publicado: Quarta, 19 de Mai de 2021, 18h12
  • Última atualização em Quarta, 19 de Mai de 2021, 22h48
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Você deve ter visto por aí que a farinha de Bragança agora tem selo de indicação geográfica reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), não é?

Mas sabe o que isso quer dizer? O IFPA te ajuda a entender.

O selo de indicação geográfica (IG) garante ao consumidor a certeza da origem e das condições especiais de fabricação de determinado produto.

A farinha de Bragança, historicamente reconhecida por seu sabor e características, passa a ter um selo para atestar a procedência e a qualidade do produto e de seu processo de produção.

Este selo valoriza o saber-fazer das casas de farinha da região Bragantina e fomenta atividades turísticas envolvendo a cadeia produtiva da mandioca.

O IFPA participou de várias etapas do processo de reconhecimento da IG da Farinha de Bragança, uma conquista coletiva que envolve produtores, cooperativas de agricultores, o Sebrae, a Prefeitura de Bragança, MAPA, Adepará, Emater, entre outros, desde 2014.

O processo de reconhecimento pelo INPI foi tema de um trabalho de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação do IFPA (PROFNIT/IFPA), elaborado pela servidora da Embrapa Sheila de Souza Corrêa de Melo em 2020. Nele, todo o fluxo para o registro de indicação de procedência, desde o pedido protocolado pela Cooperativa Mista de Agricultores Familiares e Extrativista dos Caetés (Coomac), é apresentado. A pesquisa também detalha a área geográfica da farinha de Bragança e apresenta uma revisão histórica das publicações sobre a atividade na região ao longo dos anos.

Agente de inovação do IFPA campus Bragança, Rodrigo Barata explica que o selo é importante principalmente por valorizar o produtor local e agregar valor ao produto que ele comercializa. Explica também que embora se refira a Bragança, o selo reconhece toda a região Bragantina e seus municípios como espaço de produção da autêntica farinha de Bragança: Viseu, Augusto Corrêa, Santa Luzia e Tracuateua.

“É uma indicação de procedência de uma região delimitada dentro da região Bragantina, que não abrange apenas o município de Bragança, mas vários outros municípios que fazem parte dessa tradição de fazer essa farinha de qualidade que a gente conhece”, explica Rodrigo.

“Todo e qualquer produtor que se encontre dentro da área delimitada pode ter esse selo de qualidade, desde que se encaixe do processo que foi aprovado pelo INPI”, diz Rodrigo Barata.

Ao longo do processo, o IFPA campus Bragança sediou debates e envolveu estudantes e professores em discussões com a comunidade sobre a produção e a operação das casas de farinha, com foco na qualificação profissional e em melhorias nos processos produtivos.

Saiba mais:
Matéria no site do INPI - Bragança (PA) conquista Indicação Geográfica para farinha de mandioca
Indicações Geográficas 2628-1 - CÓDIGO 395 - Concessão de Registro - Farinha de Bragança (PDF.)

 

Texto: Filipe Sanches

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